O Café Aliança é o mais antigo café da cidade e o de maiores tradições culturais. Ocupa o rés-do-chão do edifício mandado construir por José Pedro da Silva constituindo, no conjunto, um interessante testemunho da arquitectura revivalista.
Para além do acesso principal e outro nas traseiras apresenta ainda uma entrada lateral que permite o acesso através do quiosque.
Cronologia:
(1930) Deu entrada na Câmara Municipal de Faro o projecto para a construção do edifício.
(1943 - 1970) O edifício foi utilizado como bolsa de valores da economia da região onde se discutia os valores de produtos como a alfarroba, figo, amêndoa e cortiça.
(2003-05-26) Classificação do Café Aliança e Edifício com a categoria de Imóvel de Interesse Público (IIP).
(2004) Obras de reabilitação no interior do café.
Localização:
Rua D. Francisco Gomes, n.º 7 a 11; Rua da Marinha, n.º 8 e 12; Praça D. Francisco Gomes, n.º 5.
Página Web: http://www.monumentos.pt/scripts/zope.pcgi/ipa/pages/frameset?nome=ipa&upframe=upframe3&downframe=ipa.html
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Começou por ser leitaria há 100 anos. Já foi sede de jornal e bolsa de valores. Em 1930, depois de incendiado, ganhou nova vida com um projecto apresentado por José Pedro Silva.
Teve períodos de interregno, mas manteve a sua fachada delimitada por pilastras e socos de cantaria em calcário, os seus 3 arcos de volta perfeita, as suas 4 colunas clássicas a suportarem o balcão do 2º piso e, no interior, um alto lamboril de madeiras raras com fotos do Algarve, os motivos decorativos do estuque do tecto e as cadeiras e mesas em ferro forjado.
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Inaugurou-se a 19-10-1930 o “Salão Aliança” propriedade de José Pedro da Silva, o qual ficou equipado com três bilhares do mais moderno que existe, cuja decoração e equipamento preenche os mais elevados padrões ao nível do que melhor existe em Lisboa.
Em 12-6-1932 inauguraram-se as novas instalações do Café Aliança que davam para a Rua D. Francisco Gomes, nos moldes e aparência que ainda hoje ostenta.
A remodelação e ampliação da antiga e modesta «Leitaria Aliança», ficou a dever-se ao moderno espírito de iniciativa empresarial de José Pedro da Silva, que desse modo passou a ser visto pela sociedade farense como um verdadeiro benemérito, pois que ao contrário dos ronceiros empresários locais, acreditava nas potencialidades da cidade, investindo avultados meios financeiros para transformar aquele humilde estabelecimento num amplo e bem iluminado café, ao nível dos melhores de Lisboa.
Data dessa altura a construção da sua monumental porta giratória, inspirada nos melhores estabelecimentos franceses, merecendo igual surpresa a amplitude das instalações, os modernos bilhares da sala de jogo, o seu excelente mobiliário, o bom gosto da decoração das paredes, a exuberante refulgência dos seus espelhos e sobretudo o artístico friso de fotografias da autoria de Zambrano Gomes, verdadeira galeria de propaganda das potencialidades turísticas do Algarve.
Fonte: Promontório da Memória
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